
No presente estudo, que faz parte da pesquisa de doutorado, buscamos, em primeiro lugar, abordar o processo de descentralização da América Latina como um todo para observar seu progresso e suas dificuldades mais visíveis, destacando a importância da institucionalidade (formal e informal) em os níveis de sucesso ou fracasso dessas reformas. Em seguida, tomamos o caso colombiano para realizar uma revisão de duas vias: primeiro, olhamos para o desenho das instituições que enquadram essa transferência de competências e, em seguida, através de um estudo de caso, apontamos pontos importantes dentro os contextos locais que marcam a prevalência (e por vezes o fortalecimento) de mecanismos não democráticos após as reformas de descentralização. Concluímos este trabalho enfatizando a necessidade de rever não apenas as questões formais envolvidas em um novo papel da esfera local, mas também as questões informais traçadas por concepções sociais em torno do público, o papel das agências estatais e os próprios cidadãos na definição de objetivos e na implementação de mecanismos para alcançá-los em conjunto na busca do bem comum.