"Faça uma retuit e eu te sigo". Uma reflexão (ambivalente) sobre redes digitais e seus efeitos na comunicação e na política
Resumo
Mais de duas décadas atrás, a literatura questionou o potencial de se conectar em tempo real e globalmente como uma sociedade em rede. Uma discussão em que começou a alertar os processos de hibridização cultural decorrentes da recepção de novas tecnologias, o papel desempenhado pela mídia como espaços de re-conhecimento e mudanças nas sociabilidades. No entanto, ninguém poderia imaginar então o poder omnicomprensivo que adquiriria anos depois um novo tipo de redes sociais, de caráter digital, de uso cotidiano, e tão populares quanto são hoje o Facebook, Twitter ou Whatsapp, nem sua influência sobre os "modos de ser no mundo" dos sujeitos e sua maneira de enfrentar as relações com os outros. A partir dessa realidade, o objetivo deste trabalho é vincular e dar sentido a uma série de reflexões sobre o desenvolvimento de uma cultura ligada ao surgimento de redes sociais e seu impacto político. O objetivo é analisar os principais efeitos psicossociais do uso e exposição dessas redes nas formas de fazer política. Para fazer isso, partimos de duas grandes hipóteses. De um lado, o surgimento de uma "vitrine" de sociabilidade, caracterizada por um forte narcisismo e aumento da vaidade, bem como sua naturalização e legitimidade por meio do uso intensivo de tais redes. Por outro lado, a generalização de um tipo de interação autorreferencial que privilegia o visual e reduz o contato pessoal à superfície, minimiza diálogos complexos e acaba gerando, por vezes, certa sensação de vazio e ansiedade entre seus "usuários". Com um olhar crítico, o trabalho está estruturado entre os medos e as promessas desse novo mundo.
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Copyright (c) 2017 María Cecilia Güemes, Jorge Resina de la Fuente

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